Confira a crítica do espetáculo Um Mundo Debaixo do Meu Chapéu, da Cia. do Abração, realizado no
8º Pequeno Grande Encontro de Teatro, pelo crítico Ricardo Schopke, no
Almanaque Virtual!
''O segundo trabalho apresentado na Teatro Guairinha foi “Um Mundo Debaixo do Meu Chapéu” da Céu Vermelho de Curitiba, um braço da Cia do Abração, que pretende desenvolver trabalhos em diálogo com outras mídias e o cinema, e nos apresentou a seguinte sinopse: três contra-regras sonhadores brincam com a imagem de Carlitos abordando temas como a generosidade e a responsabilidade social. Apresentar esse ícone para crianças de hoje é como abrir portas para um novo jeito de caminhar, um jeito meio desengonçado, ingênuo, verdadeiro e cheio de esperança, combatendo o que não nos faz bem com o que mais simples existe: sendo humano.
Este projeto já apresenta resultado diferenciado da montagem anterior, da mesma equipe da Cia do Abração, que costuma trabalhar sempre com múltiplos significados em cada uma das frases e das palavras, como por exemplo o mundo que fica embaixo de um chapéu não pertence apenas a cabeça e sim ao campo das ideais de cada indivíduo. Explorando o preto e branco, o claro e o escuro, a estética do cinema mudo – gags, pantomimas, mímicas, bufonaria, comédia Dell`arte…-, e fazendo uma merecida homenagem ao grande mestre Charles Chaplin – o clown Carlitos -, através dos filmes Luzes da Ribalta, O Grande Ditador, Tempos Modernos, entre outros. Neste projeto, já mais amadurecido pelo tempo e pelo seu jogo cênico mais harmônico, podemos ver com minúcias o refinamento e a poesia no trabalho da Cia. Na encenação deste espetáculo foi mais perceptível ver também um certo desgate do material cenográfico e uma maior dificuldade no conceito técnico da iluminação. Algo que diz respeito a quase todos os espetáculos do 8o PGE. Seria de grande valor à Cia do Abração poder se renovar no quesito iluminação cênica, para que todos os seus conteúdos e conceitos pudessem dialogar de igual para igual, ainda mais quando estamos diante de uma caixa cênica altamente significativa como a do Teatro Guairinha. Na atuação, os três atores que vivem os três contraregras – Blás Torres, Edgard Assumpção e Kamila Ferrazzi – fazem um jogo competente, pendendo para um universo mais infantil nas entonações e partituras, e onde cada um deles é a “escada” de diversos números cinematográficos. Sem falar na ambientação que nos leva a todo o tempo para um set da sétima arte e os seus equipamentos.''
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